segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ordem

De fato nao acredita
Sao palavras escritas a toa
Como quem so torce pelo pior
E vem se chamar realista

Ser sagaz nao o torna mais
Sao coisas a menos
Que caem na boca do povo
E querer vinganca
Sem saber o dia do encontro
Sem sentir de fato o sangue na boca
gosto de ferrungem misturado a agua
Eh encher a boca de merda

Nao sao descobertas
Um mundo de cegos,
nao vai nos mostrar os instintos
Mas o animal que vc eh.
Ninguem vera seu lixo
Mas Ha de sentir na pele

Eh previsivel a briga
Mas de fato nao ha tato
que mostre nossa expessura
Chamaram de cidade essa bagunca
Em que dorme como se pode
E poder, oh o poder
Alguem lhe disse q vc podia?
As vezes eh apenas isso
A ordem acima do poder.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

01:10

Me procuro em suas palavras. Em cada som de boca ou letra. Mais egocentrico nao acha, o mundo eh todo em minha mente. Nao sei chamar, que sentimento? Tudo sinto. Marrom eh uma cor de muitos tons, como todo claro e escuro. E cheiro eh algo sempre novo. O preto aparece no branco, e sao deixadas para traz, os caracteres claros, transparentes num finito. As mulheres de Lautrec, as pontes de Monet, as formas de Picasso, sao uma porta de inspiracao, uma calcada de humanidade, um conjunto anarquico, sem regias que nao o traco. Mas escodem num buraco, uma pontinha de verdade, morre a verdade no segundo criado. Sao so impressoes.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

50%

Um mundo de agrado
Sorriso de porta
ja da fresta
Porque pulsa.
O coracao pulsa,
junto a pele.
Nao sente,
uns bichinhos correndo,
quase que cocegas
energizando.
Nao olha as cores,
que te olham.
Tantas. mil possibilidades.
olhos curiosos, cochichos,
Num capricho carinhoso.
Ve-se brilho. em todos.
Mais coisa que espaco
Mais folha que azulejo.
Pedacos de um sonho.
em um plano.
Maos que nao alcansam.
Erguem pontas
em ambos vertices.
Rostos que se olham cumplices.
como se segredassem algo
gritos mais audiveis sem palavras
vontade e muito querer.
o que instiga a virtude.
e fazem crer.
E querer.
sao segundos parados,
e horas que correm.
Vamos entrar
vamos olhar
vamos comprar
materiais de arte,
50% off.
Na loja da esquina.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Folga no outono

O cheiro da grama aos joelhos. Numa visao de Greenwich. O soar do cachorro e o andar da crianca. A vibracao do amigo. Um rabisco e um cisco. Nuvens se enchendo e fechando o quadro. Pessoas se indo e inteirando as estradas. Das bolas vermelhas que voce me joga, no ceu vejo o carmim acrilico, entre o verde e o cinza do ar. As folhas no chao me acalmam. Serenidade finita aos ventos. Voos singelos e tao livres. A calma no horizonte ja percebo se limita. Mas eh aproveitado o momento nesse grau de vista. E como respirar sem pressa, ir e nao ter que voltar, nao sentir saudades por nao ter que ficar. Sao particulas que me entram na batida. Observa o equilibro se expondo em movimento. Ultima tentativa, mudanca de ponto. Engracado, como na pressao conseguimos mais. Levantamos e entramos noutro conto. Amigos, paisagens, um pouco da vida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Eh arte e o escambal

La vem de longe a moca
Em passos de passaro
Daqueles que dancam
No olhar e no sarro

A batida da musica
Meche todo o sangue
De uma menina que nao para
O pai que de londe zangue

Aqui nao existe coitado
Porque todos estamos em sonho
Nao ha homem nao amado
Na cancao que descomponho

Na cidade que se forma
Danca junto policia e ladrao
A alegria nao conhece norma
Entra de bolsa e de muamba
Batidas desatentas chegam
Nuances do velho samba

E nao me venha com definicoes
Que aqui eh o povo que joga
Tem todo tipo de arteiro
seja rico seja pobre.
O sentimento, "Eh arte e o escambal"
Notifica na entrada do terreiro.

sábado, 12 de setembro de 2009

Ta que vi que ta deprimente. Ja ia falar desse negocio de trabalho. Mas deixa para la. To de bem com mente, Boa noite, Bom dia.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pressa

Ele queria dormir. Vê-se de longe que gosta demais da tarefa. O rosto cansado, olhos pesados, é um nó que se afrouxa na garganta. E esquece do mundo, tempo que corre invisível, quando hora desperta. Por que não consegue estar acordado? Mais horas se passam.
Aqueles minutos de olhos minguantes.
É como se tirasse a cabeca de dentro d'agua. E volta a força da verdade, onde chora os minutos passados. Mais um dia e se chega mais perto. Mais perto. Mais perto. Vai se vendo o esculachado. E o que fez? Volta a dormir mais uma dia.
Todos os dias sente o cansaso. E o dia n
ão da no garoto a vontade. É tanto e tao pouco tempo. Alguem consegue lhe dizer que não é capaz? Que são sonhos a toa? Conta para o menino, essa vida de merda!
Ele levanta e mais um dia pucha a corda. Chegara, perciste na força. Se olha. Se lanca. Se pergunta. Fechara de vez o livro? Ganhara a vida? Ou n
ão? Isso me mata.

Passageiro

Sao muitos trens que me levam a caminho algum. Circulam e nao saem, fico presa ao formigueiro sem ar que me alcalme. Esta ouvindo? Eh mais um que chega. Range os trilhos de um ferro incerto, nao obedece a vontade e ao tempo, corre numa linha so. Sao tristes as estorias que carrega? Sao faces ou carcassa? Eh comida? Lixo? O estrago? Anda porque nao lhe tem mais nada, caminha por nao ter escolha. Por isso se dremime, eh pesada a carga. Por que nao sao de sonhos que o trem corre. Sao maos lascadas, rostos cansados. Fome e soberba se dividem. E de longe vem o guarda, coitado. Sem razou fechou os olhos para o que chamam de patria. Existiram sonhos de criancas. E o trem passa. Passa ligeiro e me deixa. Me deixa. Quero passar.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Narrador

Os livros de Deus são escritos por homens. Vivo entre judeus, cristãos, mulçumanos, ateus. Sou aquele que narra sua vida, sem a veracidade do acontecido. O final mesmo nunca se sabe. Sou todo palavra. Em tudo e em nada acredito. Não conseguiria provar que Deus existe. "E se não existe, não há o que provar". Sei que na mente tudo e possível. Sou o mundo do comum e ao mesmo tempo improvável. Daquele que morreu armado. Podendo estar de pé do lado errado. Sou você em outra estória.
Desilusões nos traz a vida. E leva nossas esperanças para outra. Nessa terra de milagres. Migra homem. Migra casa. Migram lares. O tiro de hoje tem a mesma estória do de amanhã. No homem não mais se acredita. Impõem-se aos céus nossas conquistas. O castigo de Deus é a tristeza da justica humana.
Chora a perda de um amor. O que hora se cruzou. Nessa vida não junta mais. Deixa a esperança para outra. De dúvidas vamos fazendo o céu. Não vivo a vida. Mas muito vivo. Pouco sei desse eu. Não tenho tempo, mas o tempo me tem. O que existiu esta na história. Pois é do tempo uma memória. Eu não existi. Essas palavras ao de sumir. Assim como eu. Morro mais que qualquer homem. Morro em todo homem, como qualquer um. Sem saber se acordarei. O final da vida é como que a pagina. Muito ouvi. Muito vi. Mas o que de fato é? O tempo aqui não existe. Mas fecha o livro que ele é todo seu. E por mais que tento correr do espaco que me condena. Termino aqui.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

TV

Se e boa a TV? Num sei. Num sei. Se e boa. Sinto falta de ver TV. E boa . E boa. Mas nao sei se e boa. Vovo tambem sente falta. Ve TV. Vovo nao consegue dormir. Antes via TV. Mas aqui em casa nao tem TV. Tem a tela. Tem dvd. Mas nao tem TV. Vovo e brasileira que nem eu. Sente falta. TV brasileira. E boa a TV. Vovo acha boa. Novela. Jornal. Filme. Cansa. As vezes cansa. Mas e boa? Nao consegue dormir. Ao menos a TV distraia. Vovo fecha os olhos.Gosta de conversar. Mas sozinha. Cansa. Nao dorme. Pensa. Nao dorme. Faz nao. Nao dorme. Se e boa a TV? Vovo reclama a dois meses. Nao dorme. O sono demora. Nao dorme. Dorme. Acorda tarde. Acaba o dia. O sono nao vem. Nao dorme. Se ao menos tivesse uma TV. Vovo vai ficar aqui seis meses. Vovo nao dorme. So tarde dorme. Fecho os olhos. Vovo acorda e canta. Hoje tem sorrizo no rosto. Bota uma musica e canta. Nao precisa TV. O dia passa. Vovo comeca a estudar em ingles. Disse p'ra menina. Go com God. Vovo aprende. Vovo comecou a ler. Nao gostou. Trocou de livro. Leu Cacador de Pipas. Gostou. Comecou outro. Achou Pessoa. Leu poesia. Teve dia que fez croche. Pintou panos. Assiste filmes. No pc. Foi andar. Frio. Frio. Frio. Agasalhou-se. Conversamos. Rimos. Faz amigos! Na festa ontem Dancou. Abro os olhos. Agora. Volto. Vovo sentada na poltrona reclama. Nao tem TV. Nao tem NADA p'ra fazer. Se e boa a TV? Num sei. Num sei.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nao existe diferenca de cor, de tamanho, de idade. Em todo o mundo, nao existe diferenca cultural, nao existe raca. Talvez personalidade. O resto sao semelhancas.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Cria do Ócio

Eu leria agora
Mas nao tenho o que ler
Terminado os livros que tinha
Me corroo por nao saber
Quando nasci me deram uma lingua
E os olhos, me mostraram outras
A ignorancia me prende
Minha boca renascida
Nao anda, engatinha
Nessa terra me aventuro
Pela virtude do conhecer
A felicidade oscila
Vive numa corda e bambeia
Eh o vento que sopra vida
Joga tristeza e depois convida
Um jantar de amigos
Uma cerveja e um novo amor
Drink de barbaros
Esconde ou mostra a nossa dor
O mundo nao e tao grande assim
A historia muda a cidade
Mas nao mudou o homem pra mim
Sao semelhantes lagrimas e sorrizos
A mesma cor
A mesma espera
Conviccao de paz
Porem tanto terror
Sou um jogador
Mas no meu jogo ninguem vence
Corre a vida numa partida
Sobrevive e vive
Trabalha pra comer
O fruto da arvore ja estava ali,
Porem alguem deu pra vender
O que quer a humanidade?
Nunca soube o que dizer
Palavras tao diversas falam
Mas de fato nao sabem
Comunicam a interrogacao
O conceito eh uma brincadeira
Faca arte ou imitacao
Tente definir certo e errado
Mas nao guagueja
Pois ha de se acreditar em algo
Questionar eh nosso dom
Nao deixar a esfera em vao
Tantos querem mudar o mundo
Para. Vive nele entao
Sinto ela nas veias
Canto uma cancao
Meus poetas nao esqueco
Posso te-los em minha mao
Deixei no palco meu sentimento
Vou assistir e aplaudir
Hoje a noite nao durmo tranquila
Ao invez do sono me vem palavras
Comeco a trocar por imagens
Virtude de sonhar acordada
Vou sonhar ate dormir
Com um mundo de primatas
Meu futuro e minhas vontades
Com um amor passado
- Amigos que saudade
Contruo aqui um novo livro
A vida eh toda uma espera
Mas a espera eh do tamanho do nada
Eh o tesouro que se queria
Espero o sono
Amanha um novo dia.