sábado, 17 de janeiro de 2009

Cria do Ócio

Eu leria agora
Mas nao tenho o que ler
Terminado os livros que tinha
Me corroo por nao saber
Quando nasci me deram uma lingua
E os olhos, me mostraram outras
A ignorancia me prende
Minha boca renascida
Nao anda, engatinha
Nessa terra me aventuro
Pela virtude do conhecer
A felicidade oscila
Vive numa corda e bambeia
Eh o vento que sopra vida
Joga tristeza e depois convida
Um jantar de amigos
Uma cerveja e um novo amor
Drink de barbaros
Esconde ou mostra a nossa dor
O mundo nao e tao grande assim
A historia muda a cidade
Mas nao mudou o homem pra mim
Sao semelhantes lagrimas e sorrizos
A mesma cor
A mesma espera
Conviccao de paz
Porem tanto terror
Sou um jogador
Mas no meu jogo ninguem vence
Corre a vida numa partida
Sobrevive e vive
Trabalha pra comer
O fruto da arvore ja estava ali,
Porem alguem deu pra vender
O que quer a humanidade?
Nunca soube o que dizer
Palavras tao diversas falam
Mas de fato nao sabem
Comunicam a interrogacao
O conceito eh uma brincadeira
Faca arte ou imitacao
Tente definir certo e errado
Mas nao guagueja
Pois ha de se acreditar em algo
Questionar eh nosso dom
Nao deixar a esfera em vao
Tantos querem mudar o mundo
Para. Vive nele entao
Sinto ela nas veias
Canto uma cancao
Meus poetas nao esqueco
Posso te-los em minha mao
Deixei no palco meu sentimento
Vou assistir e aplaudir
Hoje a noite nao durmo tranquila
Ao invez do sono me vem palavras
Comeco a trocar por imagens
Virtude de sonhar acordada
Vou sonhar ate dormir
Com um mundo de primatas
Meu futuro e minhas vontades
Com um amor passado
- Amigos que saudade
Contruo aqui um novo livro
A vida eh toda uma espera
Mas a espera eh do tamanho do nada
Eh o tesouro que se queria
Espero o sono
Amanha um novo dia.