quinta-feira, 7 de maio de 2009

Narrador

Os livros de Deus são escritos por homens. Vivo entre judeus, cristãos, mulçumanos, ateus. Sou aquele que narra sua vida, sem a veracidade do acontecido. O final mesmo nunca se sabe. Sou todo palavra. Em tudo e em nada acredito. Não conseguiria provar que Deus existe. "E se não existe, não há o que provar". Sei que na mente tudo e possível. Sou o mundo do comum e ao mesmo tempo improvável. Daquele que morreu armado. Podendo estar de pé do lado errado. Sou você em outra estória.
Desilusões nos traz a vida. E leva nossas esperanças para outra. Nessa terra de milagres. Migra homem. Migra casa. Migram lares. O tiro de hoje tem a mesma estória do de amanhã. No homem não mais se acredita. Impõem-se aos céus nossas conquistas. O castigo de Deus é a tristeza da justica humana.
Chora a perda de um amor. O que hora se cruzou. Nessa vida não junta mais. Deixa a esperança para outra. De dúvidas vamos fazendo o céu. Não vivo a vida. Mas muito vivo. Pouco sei desse eu. Não tenho tempo, mas o tempo me tem. O que existiu esta na história. Pois é do tempo uma memória. Eu não existi. Essas palavras ao de sumir. Assim como eu. Morro mais que qualquer homem. Morro em todo homem, como qualquer um. Sem saber se acordarei. O final da vida é como que a pagina. Muito ouvi. Muito vi. Mas o que de fato é? O tempo aqui não existe. Mas fecha o livro que ele é todo seu. E por mais que tento correr do espaco que me condena. Termino aqui.