sexta-feira, 2 de julho de 2010

18/06

Morte de um eterno e nao da sua escrita. Fica no coracao essa ferida que nao Sara. Sou nada perto do que fostes e assim ei de vir. No breu dos olhos caminhastes com migalhas de luzes para traz. Tamanha cegueira em contraste com inspiradora lucidez. E agradecendo a um fantasma me esforco para escutar. Ouco as palavras lidas e as fotos que me passaram, la de longe um eco inexistente diante de tanto vazio. Na minha mente nao deve ter. Eh falar para o nada, eh olhar depois o tudo. Seguir sem esquecer, ate chegar na mesma saida.

Quer

Sinceridade tao pedida surpreende e machuca. Nao era isso que querias? Que consegues manter? Atola mais o de dentro e se mostra o perdido. Nao sao faceis tais questionamentos, desde eras que se fazem. Em filosofos e barraqueiros, qualquer grupo ou tipo, embaixo de chuva ou de sol, dum lado ou doutro no oceano. As vezes nos imaginamos diferentes, e de fato todos somos. Ah de vir uma encruzilhada, que nos baixa ao um ser banal. E duas e tres. Eh um caminho e vao ter varias. Nao eh possivel acertar sempre, fazer o bem sempre. Tem hora que se engana e vale perder. Nao vejo motivo de morte. Dor eh algo que passa, deixando um leve vestigio. Mas com um cheiro agridoce, que se sente a direcao. Essa cabeca que nos lembra pode sentir a intencidade do que for. Mas com tudo se apreende. Egoismo pedir forca a todos e um dia desistir. Nao queria que fosse assim. Ninguem quer.

sábado, 29 de maio de 2010

Andarilho 2

Mesmo vindo do cerrado ralo, nao sou de fato essa ave. Nao perdi meu habitat porque ainda o procuro. Ainda da para tentar, mesmo que escolher nao seja tao simples. Caminhar leve eh mesmo gostoso. Os erros que me perdoem, mas o que achas nao me liga tanto. Sei minha verdade. Num por do sol eh bom a compania. E a solidao pode machucar mas a agunia por um lado eh boa. Uma dose levara a outra, num trago lento e sorriso de canto. Olho os que me passam e abraco. Abraco a vida e as vezes a perco. Pensar de mais as vezes pertuba, porem existe dentro. Igualdade parece distante. E no futuro rirao de nos, por sistemas pobres e leis obsletas. Ou talvez ainda lembrem com orgulho. Sera essa a farsa do passado? A cara da historia do presente eh manipulada em poucos. E as reescrevemos. A quem quizer contar, ouca toda gente. Acordo eh dificil existir numa imposicao corrente. Nossa lei natural de mais forte. Fraco, minha garganta eh fraca. Seria preciso te-la treinado, mas hora diverte. Diverte com a mente. Da sono e sente. A vida eh mesmo um jogo de possibilidades, novilunio entre duas metades, que hora se enche para sumir de novo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Levando

Paixoes mudam as pressoes da vida. Tendo toda a sua diversidade, seja tamanho ou qualidade. Para bem ou mal. Solidoh ou Luairir.

Andarilho I

Ja faz tempo que nao me dedico a certos caminhos.
Que nao se esquecem mas se chateiam.
Fazem-me uma cara feia buscando a solitude do sonho.
Sao atos que ou se arrastam ou logo correm.
Os caminhos nunca sao certos.
Instaveis linhas bambeando
Mas tudo segue, seja como for.

sábado, 27 de março de 2010

Duvidas

Foi um estalo forte e digo que nao nasci com ele. Que ja nao eh de hoje que o tenho. Bateu no corocao. Nao, nao sou ateu. Tambem nao sou crente. Nao sou agnostico. Nao sou...
Acreditar ou nao em deus nao vem a seguir. Sao todas possibliliades. A morte num todo ou a transformacao. Nao dava para viver cego a nenhum dos dois. Ou mesmo esperar a morte descrente. O apagar da luz, ou um voo rasante. Um fato finito ou uma arte de encontro. Eh a esperanca de te ver um dia e o medo de nao te ver nunca mais.
Nao existe a certeza.
Mas fecho os olhos e sonho.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Puzzle

Botei uma torre nas costas.
Da onde se possa ver o horizonte.
Estar acima da fumaca.
E pousa-la num monte.

Aos pes, eu mesma criei.
Sola do proprio solo.
Que me ligasse a Terra.
E aos que ja amei.

Para me encher de bens.
Acoplei uma luneta aos olhos.
Que me contasse os homens.
Dissesse-me as estrelas.
Apontasse-me os abrolhos

Quando me questionaram as asas,
Nao sofro porque ja voei.
A carona darar-me a amizade,
Mas na privacidade do meu eu.
Essa estrada sou e serei.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Em outro mar

Aqui nao eh ferias. Ja de longe que nao escuto disso. Mas vou curando meus sonhos. Mesmo supondo as coisas que verei e que me machuquei. Assim mesmo, com o passado perto do futuro. Inesquecivel, apenas pelos detalhes. O resto vai se seguindo... A rotina se impondo, descansos revesando. Andando de muletas os bracos ficam fortes. Nao deixo que me esquecam disto, mesmo que eu nao lembre. Sao semblantes numa neblina. Cenario sujo e fresco. O gelo que me vinha aos olhos nao casava com o que minha pele sentia. Sai daquele lugar como querendo apagar, podia ser vc. Nao, nao era essa a minha rotina. Isso eh chamado lembranca mesmo que nao se lembre. Amanheco das coisas que me apoiam. Nao seria bom a ninguem se privar ao errado, ou ao certo. Por isso tanta discordia, tanto querer. Certos olhos me acompanham, tao reais e pensativos. De fato invensao que morre, comigo numa esperanca corrida.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O bom a gente relembra. O mal nunca se esquece.